quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Equalização


    Equalização é o ato de modular o conjunto de frequências recebidas no intuito de tornar o som adequado com o que é pretendido. Através da equalização é possível retirar imperfeições, como ruídos indesejados, tornar o som mais inteligível, e até corrigir as reflexões do ambiente que não são bem-vindas.

    Faixas de frequência: O ouvido humano interpreta como som as vibrações do ar emitidas entre as freqüências de 20 ciclos por segundo (20 Hertz ou 20 Hz)  até cerca de 20 mil ciclos (20 KHz, ou 20 K). Cada instrumento ou voz musical tem seu próprio espectro de freqüências, a faixa de freqüências onde o instrumento atua.


    Altura: é a afinação (pitch) dos sons e notas musicais, como do, re, mi, medidas em ciclos por segundo (Hz). Quanto mais “aguda’ (alta) uma nota, mais ciclos de onda vibram por segundo. Diz-se que são freqüências altas, enquanto as “graves” são as baixas freqüências.

    Intensidade: é o volume do som. No gráfico da curva da onda sonora, quanto maior a intensidade do som, maior a amplitude da onda. Ela se distancia mais do centro, vibra com mais energia. Nesse gráfico, a linha reta ao centro indica silêncio, ausência de energia sonora.
Uma onda tem ciclos, que se dividem em morros e vales, alternando-se e variando seu comportamento ao longo do tempo. Durante um ciclo da onda, a amplitude pode variar, determinando a forma da onda. É a forma da onda que define o timbre.

    Timbre: é o conjunto de frequências formado que aquele objeto forma ao produzir som. Essa é a característica mais marcante, pois é através do timbre que conseguimos diferenciar um violão de uma guitarra, teclado, ou até mesmo a minha voz com a sua, que está lendo esse artigo agora, isso ocorre graças ao timbre.

    Dividimos no geral o som em 3 tonalidades, graves(frequências baixas) médios e agudos(frequências altas). O Grave atua de 20Hz a 500Hz, o médio de 500Hz a 5kHz e o agudo de 5kHz a 20kHz. Dentro dessas tonalidades podem existir várias divisões como médio-grave e médio-agudo, que estão na transição entre as tonalidades.

    Existem alguns equipamentos equalizadores, aqui vou falar dos dois principais.

Equalizador gráfico.
    Possui uma série de faders, lado a lado, cada um definir para intervir em uma determinada frequência. O técnico tem a possibilidade de corrigir apenas a frequência que quer e portanto, é o equipamento de equalização que possui a maior precisão.
    Existem vários tipos de equalizadores gráficos, porém a maior diferença é em relação a quantidade de bandas, que são o número de faders destinados a frequências, quanto maior a banda, mais precisão o equipamento possui.
    A grande desvantagem dele é que é necessário muito tempo para ajustá-lo corretamente, então se você tem que agir rápido, a não ser que já tenha muita prática, não poderá contar com ele.

Equalizador paramétrico
    Geralmente possuem 4 bandas, porém trabalham de uma maneira completamente diferente do gráfico. cada banda possui 3 recursos, a frequência, que permite selecionar a frequência desejada, o nível, que aumenta ou diminui o volume da frequência selecionada, e o Q, que determina a abertura do corte da frequência. Explicando melhor, esse equipamento trabalhas fazendo "barrigas" para cima ou para baixo. A frequência move a barriga, o nível dá o tamanho e o Q faz a barriga ficar larga ou pontuda.

    Existem também os filtros que costumam trabalhar em conjunto com os equalizadores e servem para cortar frequências.

Filtros
    Os principais filtros são o LCF(Low Cut Filter) ou HPF(High Pass Filter) que através da determinação do técnico, cortam da frequência selecionada até a mais baixa(20Hz) e o HCF(High Cut Filter) ou LPF(Low Pass Filter) que cortam da frequência selecionada até a máxima(20kHz)

Recomendações

    Como esse tipo de aparelho não é utilizado nos sistemas mais baratos, não coloquei a recomendação Pop. A diferença de preço de um 15 banda para um 31 bandas não é grande, então eu recomendo sempre o de 31. Os modelos podem variar, mas as marcas indicadas são essas.

Geral: Berhinger FBQ3102(31 bandas)
Top: Alesis DEQ 830(digital, 4 canais) 

Lembrando que logo abaixo há uma janela para você pesquisar o equipamento de sua preferência...


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prática em casa

    Nosso curso até agora têm sido bem teórico, mas a partir de agora o volume de matérias aumenta e é preciso praticar. O contato com equipamentos real é fundamental, porém existem alguns programas que possibilitam esse contato de maneira virtual. São ferramentas que gravam, equalizam e possuem todos os periféricos que vamos falar nesse curso.

    Um desses programas que é gratuito, bem leve e fácil de usar é o Audacity. É bem fácil de usar, em português e já vem com plugins, que são o que vamos estudar como periféricos.
    É claro que não são exatamente como os que vemos nas houses(onde ficam os equipamentos de som), afinal aqui são virtuais, mas as funções são as mesmas e em muitos deles também possuem o mesmo nome que na maioria dos equipamentos(pois dependendo do equipamento chamam cada ferramenta com um nome diferente).
    Indico procurem por compressor, gate, equalizador gráfico e paramétrico, e vários efeitos como reverb, chorus, delay,etc.
    Se for preciso no site do Audacity existem alguns tutoriais ensinando como utilizar as ferramentas e também tem muitos outros recursos disponíveis para download .

    Para baixar o Audacity clique aqui(Link do baixaki)
    E para saber mais sobre o programa acesse o site da desenvolvedora aqui

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mesa de som


    A mesa de som(mixer) é um tipo de misturador de sinais de áudio em entradas diferentes. Estas entradas(canais) dispõe de alguns recursos para tratar o áudio antes de transformá-lo de volta em som.

    Em todos os sistemas de som, indiferente do seu porte tamanho e recursos, a mesa de som sempre está presente e é o coração do sistema, pois a partir dela é que os sinais captados dos instrumentos, músicos ou integrantes são misturados e enviados para tratamento nos periféricos, e também transmitidos para o sistema de amplificação (PA, PALCO, GRAVAÇÃO ou todos).

    Esses equipamentos podem ser
divididos em duas categorias: os analógicos e os digitais. Mixers analógicos são os mais comuns(foto ao lado), são conhecidos por ser enormes, cheios de botões e serem acompanhados dos Racks, onde ficam os periféricos(próxima aula).






    Já os digitais(foto ao lado) possuem um numero razoavelmente inferior de botões, precisam de muito menos periféricos e parecem, a princípio, um “bicho de 7 cabeças” para quem está acostumado com os consoles analógicos.






    Aqui falaremos dos recursos que esses dois aparelhos possuem em comum.

Botões
    Existem alguns tipos de botões na mesa, os normais(só de apertar), potenciômetros e Faders.


Potenciometro

    São os botões feitos para girar, geralmente usados na equalização, mas também podem ser para auxiliares, seletores de efeito e tantos outros recursos. Nas mesas analógicas estão presentes em maior quantidade.






Fader

    São os botões que escorregam por um trilho e usados para definir o volume do canal ou da saída na mesa. Nas digitais estão em maior quantidade.


Tipos de conectores num mixer
    Temos algumas mesas que apresentam diversos tipos de conectores de entrada para o canal (geralmente XLR e P10 stereo para os sinais balanceados e P10 mono para os sinais desbalanceados).


Canal de entrada
    É responsável pelo tratamento de um sinal diferente, seja ele, um microfone de vocal, um instrumento, um retorno de efeito, um aparelho de CD ou qualquer outro.

Ganho ou Pré-amplificador
    Existem inúmeros equipamentos com infinitos níveis de saída diferentes que são utilizados todos os dias num sistema de som. É fácil perceber a diferença entre o volume de um microfone e de um CD Player quando colocados na mesma entrada da mesa. Para isso existe o recurso conhecido como Ganho. Ele aumenta o nível de áudio que está entrando no canal de acordo com o que o operador necessita tornando mais cômoda a mixagem. Geralmente são potenciômetros.

Equalizador
    Um outro recurso encontrado nas mesas é a equalização, que dependendo da marca, modelo e recursos, varia entre 2 e mais de 5 faixas de freqüência, algumas fixas outras variáveis. Geralmente, são encontradas 3 faixas, respondendo como Graves (LOW), Médios (MIDDLE) e Agudos (HIGH), onde muitos possuem os médios de forma paramétrica (variável).


PAN
    Indica o quanto do sinal será enviado para o lado direito (RIGHT) e quanto será enviado para o lado esquerdo (LEFT). Geralmente são potenciômetros.

PFL (ou pré escuta)
    É a possibilidade de se escutar em um fone de ouvido ou caixa de som o que está ocorrendo em um determinado canal da mesa sem envia-lo para o master da mesa.

Vias auxiliares
    Podem variar de 1 até algumas dezenas, e servem para se direcionar o sinal para uma outra saída diferente das saídas master, elas são geralmente utilizadas para monitores de palco, ou efeitos, e são exatamente iguais aos recursos de fader, e geralmente possuem também um controle geral como o master da mesa. Algumas marcas chamam as saídas de auxiliar de SEND e podem ou não possuir um RETURN que é uma entrada já misturada ao sinal master da mesa, para o retorno do sinal enviado pelo SEND já processado por outros periféricos.

Insert
    Envia e recebe o sinal do canal para processamento externo por outros periféricos. Este processamento é importante, para ligar equipamentos específicos para alterar, corrigir, modificar, ou realizar qualquer outra operação com o sinal do canal, adicionando mais recursos a este na mesa.

Low Cut
    É o corte do sinal, em algumas dezenas de dB (ex: 60dB) para as baixas freqüências (geralmente abaixo dos 60Hz), dessa forma evita alguns ruídos indesejáveis para algumas fontes de sinal, seja por manuseio do microfone, rajadas de ar ou outros.

Phantom Power
    Pode ser geral ou somente para um grupo de canais. Explicação para esse recurso aqui

MUTE
    Corta o sinal vindo do canal, como se nada estivesse sendo enviado (algumas consoles permitem que se aplique o MUTE no canal de forma geral e outras, somente do sinal MASTER).

Subgrupos
    Tem a função de agrupar um conjunto de canais selecionados. Com esse recurso você pode por exemplo, ter o controle do nível de todos os microfones de bateria em um só fader, ou do naipe de vozes. As vezes você já equalizou e mixou as vozes e estão harmonicamente bem definidos, porém você quer aumentar ou abaixar todos os microfones, quando não há conhecimento do subgrupo, o operado tenta colocar todos o fader de todos os canais na mão para diminuir o nível. O Subgrupo existe para tornar essa tarefa mais precisa e inteligente.

Recomendações
    Nesse capítulo é difícil definir Pop, Geral e Top, pois o ideal varia muito em relação a necessidade, então vou listar algumas indicações de acordo com necessidades que posso prever..

    Para uma igreja pequena que liga 4 ou 5 microfones mais um instrumento indico a Behringer Xenyx 1204FX.
    Se sua igreja é um pouco maior, tem um sistema com instrumentos em linha, caixas de retorno e as vezes realiza eventos, indico a Behringer Eurodesk SX2442FX.
    Se sua igreja é maior, possui várias vias de retorno, microfone na bateria, vários back-vocal's ou um coral, e constantemente realiza eventos, indica a Yamaha 01V96VCM. Com ela você pode, inclusive, ampliar o numero de canais de entrada e saída.

    Eu indico sempre produtos que ainda estão em linha, porém você pode procurar produtos fora de linha que se assemelham a esses.

    Lembando também que logo aqui abaixo você pode procurar ofertas do produto que mais cabe a você.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Curso de sonorização

    A aula desse semana seria sobre mesa de som e periféricos. Devido a uma cirurgia que precisei me submeter na terça-feira, não poderei comparecer, mas postarei ainda essa semana a aula sobre mesa de som para que possam começar a ler e cheguem a próxima aula já com uma ideia do assunto.
    Pretendo remarcar essa aula para o próximo sábado, dia 25/08/2012, porém dependo da liberação do médico para voltar à minhas atividades normais. Assim que já tiver posição em relação a isso comunico também por aqui.
    Se quiserem falar comigo, por qualquer dúvida podem entrar em contato clicando aqui
    A previsão de término do curso permanece a mesma, e quem quer começar a frequentar o curso agora, após já decorrido algumas aulas, pode comparecer porém não haverá reposição das aulas perdidas, então indico que leia atentamente as matérias anteriores e leve as dúvidas para sala de aula.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Curso de Sonorização

A próxima aula de sonorização não acontecerá na Renascer Vila Isabel, devido a ceia de Oficiais. Será no Clube Municipal, onde ocorrerá a Ceia, assim ficará mais fácil pois já estaremos onde será realizada a ceia.

O horário permanece o mesmo, as 14h, mas a aula será uma revisão, recapitulando o que foi dado no dia 21/07. Então se você não pôde estar presente na primeira aula, poderá ter uma revisão.

O evento no Facebook continua no mesmo link: clique aqui
No Google+ também permanece o mesmo link: clique aqui



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